7.12.05

Guerra contra os fracos.

Bom, após constantes interpretações sem base alguma, críticas e calunias, resolvi postar o meu entendimento a cerca de uma intrigante visão "nietzscheniana" (ra! espero que ninguem se auto denomine dessa forma), após ter lido isso:

"Quando vejo uma criança africana em pele e osso, e sei que ela dificilmente será ajudada, tenho nojo de nietzsche".

quem são os fortes(nobres); quem são os fracos(escravos)

Primeiramente, com relação a quem são os nobres e os escravos e de que sociedade eles subsistem: está disposto no “Que é aristocrático?” (Bem e mal)
Compreendi, basicamente, que as atitudes do homem nobre estão ligados a afirmação da vida. A vontade de potência toma vazão no sentido de afirmar a vida a todo custo. Mas o que é afirmar a vida? Nietzsche em “O anticristo” determina: O que é bom? – Tudo aquilo que desperta no homem o sentimento de poder, a vontade de poder, o próprio poder. A partir dessa afirmação eliminei uma série de sentimentos que poderia prejudicar a vontade de poder no sentido de afirmar a vida, quais sejam: Ressentimento, mágoa, vingança. Desses sentimentos decorrem: culpa, remorso, etc. No entanto, é bem provável que tudo se resuma a ressentimento. Nietzsche combate isso em ECCE HOMO aduzindo o mal à saúde.
Tudo que é e foi nobre decorre dos valores de uma sociedade aristocrata.
Quanto aos fracos: tudo quanto é ato que decorra do Ressentimento é mau. “O que é mau? – Tudo que nasce da fraqueza”. (“O anticristo”)
Quem são os fracos? Os idealistas , os utópicos, românticos decadentes, etc. Aqueles que em virtude de uma valoração proveniente de uma sociedades de escravos ainda baseiam suas atitudes no ressentimento, mágoa e, até mesmo, ódio-- dentre outros.
Não necessariamente os criminosos, corruptos, assassinos são os fracos, pois o que precisa ser analisado é o sentimento que dele decorra seus atos.
Nietzsche muitas vezes surpreende no sentido de dizer sim a guerra, mas se esta está ligada a afirmação da vida, acredito ser totalmente valido.
Hoje em nossa sociedade, a mistura de raças (nobre/escravo) dissipou uma série de valores necessários a uma vontade de poder saudável, dando origem a ideologias mórbidas: como o socialismo e a democracia. Nesse cenário aparece o homem superior( além do homem ) que consegue se sobrepor a toda essa decadência e criar valores novos, reaver valores nobres, deixando de ser escravo.
Escrevi , em suma, meu entendimento sobre essa questão do (nobre/escravo). Para mim, nobre e forte podem ser entendidos como sinônimos, assim como fraco e escravo. Sem prejuízo do entendimento.
Espero que tenham entendido minha posição. Ela decorre de uma interpretação pessoal, mas perceba que há fundamentos para isso. Não existe quem domine Nietzsche, toda discussão é pertinente.

Um comentário:

Anônimo disse...
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